Esta XXIV edição volta a apostar na diversidade da programação e na actualidade das propostas estéticas, alargando o número de nacionalidades diferentes: vieram companhias da Argentina, Bélgica, Chile, Colômbia, Espanha, Lituânia, Noruega e Vietname. Este ano foram apresentados sobretudo espectáculos que se apoiavam na mistura de linguagens: autores clássicos, como Ésquilo e Shakespeare, tiveram uma presença assinalável em trabalhos de carácter experimental, “onde a renovação da linguagem cénica serviu a pesquisa da contemporaneidade dos textos”, segundo escreveu o Público de 20 de Julho.
Espectáculo de Honra
Espectáculos
La estupidez. Texto e encenação de Rafael Spregelburd. El Patrón Vázquez – Argentina
Living Costa Brava. Encenação de Marcel Tomàs. Cascai Teatre – Espanha
Sizwe Banzi est mort, de Athol Fugard. Encenação de Peter Brook. Centre International de Créations Théâtrales – França
Les paradis aveugles, de Duong Thu Huong. Encenação de Gilles Dao. Compagnie M-G Pessoa – França
Anathema, de José Luís Peixoto. Tg STAN – Bélgica
Maestra palabra. Texto, encenação e produção de Nicolás Buenaventura – Colômbia
Gulliver, de Jonathan Swift. Encenação de Jaime Lorca. Compañia Jaime Lorca – Chile
Romeo and Juliet, de William Shakespeare. Coreografia de Mauro Bigonzetti. Aterballeto – Itália
Ifigeneia, de Finn Iunker. Encenação de Fredrik Hannestad. Verk Produksjoner – Noruega
Los cuentos del espiritu. Texto e encenação de Nicolás Buenaventura – Colômbia
Romeo and Juliet, de William Shakespeare. Encenação de Oskaras Korsunovas. Oskaras Korsunovas Theatre – Lituânia
Burgher King Lear, a partir de Shakespeare, encenação de João Garcia Miguel.
Marionetas de água do Vietname. Teatro Nacional de Marionetas do Vietname.
Uma peça de teatro, de Erland Josephson. Encenação de Solveig Nordlund. Companhia de Teatro de Almada
História de amor (últimos capítulos), de Jean-Luc Lagarce. Encenação de José Maria Vieira Mendes. Artistas Unidos
Sete contra Tebas, de Ésquilo. Encenação e produção de Diogo Dória.
O cerejal, de Anton Tchecov. Encenação de Rogério de Carvalho. Ensemble
Concerto de Rabih-Abou Khalil. Teatro Nacional São João
Recital de Lopes-Graça. Teatro da Cornucópia
A charrua e as estrelas, de Sean O’Casey. Encenação de Bernard Sobel. Companhia de Teatro de Almada
Cavaterra, de André Braga e Cláudia Figueiredo. Circolando
Nada, ou o silêncio de Beckett. Texto e encenação de João Paulo Seara Cardoso. Teatro de Marionetas do Porto
Cabaret Molotov. Texto e encenação de João Paulo Seara Cardoso. Teatro de Marionetas do Porto
Carmen Dolores
personalidade homenageada
A trajectória artística de Carmen Dolores é suficientemente rica e diversificada para que seja considerada uma das personalidades marcantes da vida teatral portuguesa dos últimos 60 anos, e justifica amplamente a homenagem que o Festival lhe presta. Mas Carmen Dolores deve também ser celebrada porque foi uma das impulsionadoras de uma obra ímpar na vida nacional – a Casa do Artista. De facto, a nossa homenageada deste ano juntou o seu nome, e o seu esforço, dedicação e empenho, àqueles que – como Raul Solnado e Armando Cortez — transformaram em espaço físico concreto uma ideia de solidariedade empenhada.