Festival de Almada

Festival de Almada 2006

Oh que dias felizes no Festival de Almada!

Na sua XXIII edição o Festival de Almada apresentou 70 sessões. No que concerne à programação, a entrada em funcionamento do novo Teatro Municipal (futuro Teatro Municipal Joaquim Benite) proporcionou um salto qualitativo. Este equipamento permitiu a apresentação em Almada, com todas as condições, de espectáculos que, pela sua dimensão ou complexidade, apenas poderiam ser apresentados em salas da capital. Foi o caso dos espectáculos de companhias como o Théâtre de Genevilliers ou o Piccolo Teatro di Milano.
O Teatro Nacional de São João, do Porto, enviou ao Festival uma ‘embaixada’ de espectáculos: foi possível ver, no Teatro Municipal São Luiz e no Fórum Romeu Correia, espectáculos de companhias como o Ensemble ou As Boas Raparigas. Houve ainda uma aposta nas produções portuguesas dirigidas por encenadores estrangeiros: Na solidão dos campos de algodão, dirigida pelo francês Philip Boulay; Esta noite, arsénico!, dirigida pelo italiano Mario Mattia Giorgetti; e A mata, dirigida pela norueguesa Franzisca Aarflot.


Oh que dias felizes no Festival de Almada!

Miguel-Pedro Quadrio, Diário de Notícias, 20 de Julho
Giulia Lazzarini em Giorni felici, de Samuel Beckett, encenação de Giorgio Strehler

Espectáculo de Honra

LA MIRADA DEL AVESTRUZ – L’Explose

Espectáculos

Don, mécènes et adorateurs, de Alexandre Ostrowski. Encenação de Bernard Sobel. Théâtre de Gennevilliers – França

Zero degrees. Texto e encenação de Akram Khan e Sidi Larbi. Les ballets C. de la B. – Bélgica

Conjugado. Texto e encenação de Christianne Jatahy. Companhia Vértice de Teatro – Brasil

Zona portuaria. Texto e encenação de Quico Cadaval. Quico Cadaval – Espanha

Esodo. Texto e encenação de Pippo Delbono. Compagnia Pippo Delbono – Itália

Giorni felici, de Samuel Beckett. Encenação de Giorgio Strehler. Piccolo Teatro di Milano – Itália

Rhinocéros, de Ionesco. Encenação de Emmanuel Demarcy-Mota. Comédie de Reims – França

La mirada del avestruz. Coreografia de Tino Fernández. L’Explose – Colômbia

En un lugar de Manhattan. Texto e encenação de Albert Boadella. Els Joglars – Espanha

Simbau. Texto e encenação de Babacar Dieng. N’Diengoz – Senegal

Nada, ou o silêncio de Beckett. Texto e encenação de João Paulo Seara Cardoso. Teatro de Marionetas do Porto

A mata, de Jasper Halle. Encenação de Franzisca Aarflot. Artistas Unidos

Esta noite, arsénico!, de Carlo Terron. Encenação de Mario Mattia Giorgetti. Companhia de Teatro de Almada

Ensaios para O ginjal, de Anton Tchekov. Encenação de Christine Laurent. Teatro da Cornucópia

Guerras de Alecrim e Manjerona, de António José da Silva. Encenação de Jorge Listopad. Metske Divadlo Zlín – República Checa

Na solidão dos campos de algodão, de Bernard-Marie Koltès. Encenação de Philip Boulay. Co-produção: Culturgest /Théâtre du Tournesol – França

À procura de Júlio César. Texto e encenação de Carlos J. Pessoa. Teatro da Garagem

Waiting for Godot, de Samuel Beckett. Encenação de Miguel Seabra. Teatro Meridional

Fiore nudo, a partir de D. Giovanni, de Lorenzo da Ponte / Mozart. Encenação de Nuno M Cardoso. Teatro Nacional São João

O convidado de pedra, de Tirso de Molina. Encenação de Marcelo Lafontana. Co-produção: Teatro de Papel / Teatro Nacional São João

Quando Deus quis um filho, de Arnold Wesker. Encenação de Carlos Pimenta. Ensemble D. João, de Molière. Encenação de Ricardo Pais. Teatro Nacional São João

Mãos mortas, de Howard Barker. Encenação de Rogério de Carvalho. As Boas Raparigas

Leitura encenada de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Encenação de Ricardo Pais. Teatro Nacional São João

Todos os que caem, de Samuel Beckett. Encenação de João Mota. Comuna – Teatro de Pesquisa


Observatório das Actividades Culturais

personalidade homenageada
Maria de Lurdes Lima dos Santos

Ao homenagear o Observatório das Actividade Culturais, dirigido por Maria de Lurdes Lima dos Santos, o Festival pretende, por um lado, saudar o sério trabalho de pesquisa e análise desenvolvido, mas também chamar a atenção, num País que atribui pouca importância à investigação, para o papel essencial que o registo, a estatística, a recolha de dados e a sua interpretação desempenham no desenvolvimento da relação dos produtos culturais com o público. Os estudos publicados pelo OAC – designadamente aquele dedicado aos públicos do Festival de Almada, em 2000 – constituem preciosos elementos para a reflexão dos artistas, dos produtores e dos gestores culturais do nosso País.


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