MÁRTIR

Se «a puberdade é uma doença mental passageira», tal como afirma uma das personagens desta peça, já a miséria moral, a ignorância e o pseudo-conforto existencial são bastante mais duradouros, com consequências por vezes trágicas. Mártir é sobre esse mal-estar que até agora apenas parecia gerar fundamentalistas noutras culturas. A actriz Ana Cris venceu com o seu trabalho em Mártir o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para a Melhor Actriz de 2018.

Marius von Mayenburg, dramaturgo, tradutor (designadamente de Shakespeare, Ibsen ou Sarah Kane), dramaturgista e ainda encenador (também dos seus próprios textos – Mártir, escrito em 2012, foi encenado por si em 2013), integra a lista de talentos da companhia berlinense Schaubühne, colaborando desde o final dos anos de 1990 com o seu director artístico, Thomas Ostermeier.

Rodrigo Francisco, actual director artístico da Companhia de Teatro de Almada e do Festival de Almada, fez a sua formação teatral com Joaquim Benite, de quem foi assistente de encenação. O seu trabalho como encenador iniciou-se em 2011, tendo assinado várias criações, entre as quais figuram textos de David Mamet, Ödön von Horváth ou ainda Gotthold Ephraim Lessing.

Martyr, by German author Marius von Mayenburg deals with the formation of a Catholic fundamentalist behavior on a teenager who refuses to attend his swimming classes because his female colleagues wear bikinis. Benjamin (which is the name of this modern prophet) ends up establishing a moralistic duel (always citing the Bible) with his chemistry teacher – played by Ana Cris, who won the Best Actress 2018 Prize for this role.

ALMADA

Teatro Municipal Joaquim Benite . Sala Experimental