40º Festival AlmadaEspectáculos estrangeiros

Everywoman

Texto de Milo Rau e Ursina Lardi | Encenação de Milo Rau

Schaubühne Berlin (Alemanha)
Co-produção: Festival de Salzburgo | Apoio: Goethe-Institut Portugal
Co-apresentação: Centro Cultural de Belém

Interpretação
Ursina Lardi
Helga Bedau (vídeo)
Participação especial vídeo
Georg Arms
Irina Arms
Jochen Arms
Julia Bürki
Keziah Bürki
Samuel Bürki
Achim Heinecke
Lisa Heinecke
Dramaturgia
Carmen Hornbostel
Christian Tschirner
Pesquisa
Carmen Hornbostel
Cenografia e figurinos
Anton Lukas
Assistente de figurinos
Ottavia Castelotti
Vídeo
Moritz von Dungern
Desenho de som
Jens Baudisch
Desenho de luz
Erich Schneider

Língua
Alemão
(legendado em português)
Duração
1h20m
Classificação
M/12

Para amenizar o eixo dramatúrgico principal de Everywoman — que é a morte, tal como em Jedermann, de Hugo von Hofmannsthal, em que se inspira —, há um piano em cena, no qual a actriz Ursina Lardi toca Bach, conferindo à peça um tom de recital. Este aspecto torna a aparição de Helga Bedau, em vídeo, menos dramática. A Helga, que não é actriz, não foi pedido mais do que representar a sua própria situação: uma mulher que sofre de cancro, e que nos revela o que sente nos seus últimos meses de vida. Esta mulher não-actriz, que já não viveu o suficiente para assistir à estreia deste projecto, é Everywoman. O mecanismo com que se constrói este espectáculo, que cruza o vídeo com a representação ao vivo, criou um arquétipo que evita o sentimentalismo, e que simultaneamente não racionaliza em extremo a situação-limite da morte, evitando os clichés. Alcançar esse equilíbrio poderá assemelhar-se a uma verdadeira busca da Quadratura do Círculo, mas Milo Rau defende que “é para isso mesmo que existe o teatro”.
O encenador suíço — reconhecido unanimemente como um dos mais destacados criadores do teatro contemporâneo — convoca-nos para uma viagem pela vida de uma heroína colectiva, uma Everywoman, que terá um fim inevitável. No entanto, a delicadeza com que esta história nos é contada permite-nos observar a forma como nos poderemos acompanhar uns aos outros em situações difíceis, se nos socorrermos da ternura e da comunhão. A Schaubühne Berlin regressa ao Festival de Almada com uma peça estreada no Verão de 2020 no Festival de Salzburgo, em plena pandemia.


EN What remains, and what counts at the end of our lives? In Everywoman, a successful actress meets a woman who has been diagnosed with a lethal disease, and whose last wish is to perform one last time in a play. Inspired by the allegorical morality play Jedermann — which is about righteous lifestyle and redemption through faith — this play consists on an intimate conversation about the past and future ensues. And about life, death, loneliness and community.


ALMADA

Centro Cultural de Belém . Pequeno Auditório

SÁB 15

DOM 16

21h00

19h00


mostrar mais
Back to top button