39º Festival AlmadaEspectáculos portugueses

Eu sou a minha própria mulher

De Doug Wright | Encenação de Carlos Avilez

Teatro Experimental de Cascais

Tradução
Miguel Graça
Interpretação
Marco D’Almeida
Cenografia e figurinos
Fernando Alvarez
Desenho de luz
Paulo Santos
Desenho e operação de som
Hugo Neves Reis
Assistência de encenação e direcção de cena
Rodrigo Aleixo
Produção
Raul Ribeiro
Direcção de montagem
Rui Casares
Operação de luzes e montagem
Jorge Saraiva
Execução de figurino
Rosário Balbi
Execução de cabeleira
Natália Bogalho
Assistência de cenografia, figurinos e adereços
Ricardo Reis
Participação de
Carolina Faria
Filipe Feio
Hugo Narciso
Susana Luz
Língua
Português
Duração
2h00m
Classificação
M/12

Eu sou a minha própria mulher estreou nos EUA em 2003. Vencedora de múltiplos prémios, incluindo o Pulitzer de Teatro e o Tony Award, a peça conta-nos a fascinante biografia de Charlotte von Mahlsdorf, uma pessoa transgénero que viveu sob o regime nazi, primeiro, e depois na Berlim oriental da República Democrática Alemã. A história desta persona cruza-se com a do próprio autor do texto, que conhece Charlotte em 1992. Doug Wright procura conciliar a admiração que nutre pela personalidade encantatória de alguém que, perante dois regimes opressores, nunca teve medo de assumir quem era, com alguns actos colaboracionistas da própria protagonista revelados anos mais tarde.
Envergando um vestido preto simples e elegante, e ostentando um colar de pérolas clássico, Charlotte surge-nos rodeada de réplicas dos objectos da vida quotidiana expostos no museu-antiquário que criou nos anos 60, e em cuja cave abrigou na década seguinte várias celebrações da comunidade homossexual berlinense. Sozinha em cena, esta personagem real desdobra-se nas pessoas que atravessaram a sua vida: vedetas de televisão, familiares e até o próprio autor da peça. Graças a esta nuance, é a própria perspectiva do que ouvimos em palco que se altera, ao darmo-nos conta de que no discurso de Charlotte a verdade e a fantasia se misturam. Uma tour de force do actor Marco D’Almeida, com direcção de Carlos Avilez (homenageado pelo Festival em 2013), Eu sou a minha própria mulher confronta-nos com a problemática do julgamento moral de quem viveu sob um regime totalitário.


EN I Am My Own Wife is an examination of the life of the German antiquarian Charlotte von Mahlsdorf, born Lothar Berfelde, who killed her father when she was a young child and survived the Nazi and Communist regimes in East Berlin as a transgender woman. Doug Wright based his play on the conversations he had with Charlotte von Mahlsdorf, who he met in 1992. An astonishing tour the force for one actor, the play opens Off Broadway, in 2003, with an enormous buzz. Arrived on Broadway later that year, it won the Pulitzer and Tony Awards.


ALMADA

Teatro-Estúdio António Assunção

QUI 07

SÁB 09

DOM 10

SEG 11

QUA 13

21h30

21h30

15h00 e 21h30

21h30

21h30


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