40º Festival AlmadaEspectáculos portugueses

Eu sou a minha própria mulher

De Doug Wright | Encenação de Carlos Avilez

Teatro Experimental de Cascais – ESPECTÁCULO DE HONRA

Tradução
Miguel Graça
Interpretação
Marco D’Almeida
Cenografia e figurinos
Fernando Alvarez
Desenho de luz
Paulo Santos
Desenho e operação de som
Hugo Neves Reis
Assistência de encenação
Rodrigo Aleixo
Produção
Raul Ribeiro
Direcção de montagem
Rui Casares
Operação de luzes
Jorge Saraiva
Execução de figurino
Rosário Balbi
Execução de cabeleira
Natália Bogalho
Assistência de cenografia, figurinos e adereços
Ricardo Reis
Participação de
Carolina Faria
Filipe Feio
Hugo Narciso
Susana Luz

Língua
Português
Duração
2h00m
Classificação
M/12

“Quem é ela?”, parece ser a pergunta que o autor faz ao longo desta peça. Fala-se de Charlotte von Mahlsdorf e conta-se a sua história, com as várias personagens que a acompanham durante o regime nazi, o regime comunista e a reunificação alemã. Mas será essa a verdadeira pergunta? Será que este texto é sobre essa personagem, ou sobre a ideia que construímos dela? E, se assim for, de quem é essa ideia, a não ser do próprio autor? E qual é o ponto de vista que tem sobre esta pessoa enigmática, que escolheu retratar? A protagonista é, e não é, Charlotte von Mahlsdorf, uma persona criada por um escritor. E, por isso, o eixo dramatúrgico deve centrar-se no próprio autor. Um autor que é, ao mesmo tempo, uma personagem desta peça, carregada de pontos de vista e, sobretudo, toldada pelo amor que tem pelo “herói” que criou, mais do que pela personagem real.
A ficção supera a realidade, e a verdadeira Charlotte nunca se viu a si própria em cena. Pelo menos, nunca viu a versão que Doug Wright de si criou — porque, entretanto, morreu. Por muito mórbida que esta circunstância seja, ela faz com que Eu sou a minha própria mulher se constitua como um acontecimento teatral raro, cheio de armadilhas e de zonas performáticas que nos levam a questionar o que é a realidade e, ao mesmo tempo, o que é o teatro. Charlotte representa que é Charlotte, ou será mesmo Charlotte? As histórias que conta são reais porque aconteceram, ou porque quem as ouve acredita nelas? No ano passado, o público do Festival votou neste espectáculo para que regressasse em 2023 como Espectáculo de Honra.


EN I Am My Own Wife consists on an examination of the life of the German antiquarian Charlotte von Mahlsdorf, born Lothar Berfelde, who killed her father when she was a young child and survived the Nazi and Communist regimes in East Berlin. Doug Wright based his play on the conversations he had with Charlotte von Mahlsdorf, who he met in 1992. An astonishing tour the force for one actor, the play opens Off Broadway, in 2003, with an enormous buzz. Arrived on Broadway later that year, it won the Pulitzer and Tony Awards.


ALMADA

Fórum Municipal Romeu Correia . Auditório Fernando Lopes-Graça

DOM 09

TER 11

QUA 12

18h00

21h30

19h00


mostrar mais
Back to top button