39º Festival AlmadaEspectáculos estrangeiros

Falaise

Falésia

De Camille Decourtye e Blaï Mateu Trias

Baro d’evel (Toulouse, França)
Co-produção: GREC 2019, Teatre Lliure, Théâtre Garonne, Malraux, ThéâtredelaCité, Pronomade(s) en Haute-Garonne, CNAR, L’Archipel, MC93, CIRCa, Auch Gers, Le Grand T, le Parvis, Les Halles de Schaerbeek, L’Estive, Cirque Jules Verne, Scène nationale d’Albi, Bonlieu, Teatros del Canal, Le domaine d’O, Houdremont, 2 Pôles Cirque en Normandie, La Brèche à Cherbourg, Cirque-Théâtre d’Elbeuf • Apoio: Institut Français • Co-apresentação: Centro Cultural de Belém

Interpretação
Noëmie Bouissou
Camille Decourtye
Claire Lamothe
Blaï Mateu Trias
Oriol Pla
Julian Sicard
Marti Soler
Guillermo Weickert
um cavalo e pombos
Cenografia
Lluc Castells
Figurinos
Céline Sathal
Desenho de Luzes
Adèle Grépinet
Criação musical
Fred Bühl
Duração
1h45m
Classificação
M/12

“Baro d’evel” significa na língua manouche, dos ciganos, “Pelo amor de deus”. Mas é também, na simbologia deste povo, uma forma de evocar aquilo que ultrapassa a dimensão humana: as nuvens, a chuva, o céu. Na escuridão das cavernas, o som funcionava como um compasso para a humanidade. Eram necessários gritos para indicar o caminho. Eram necessárias canções para iluminar a escuridão. Em Falaise, também os humanos e os animais gritam, procuram, tacteiam. Avançam o melhor que podem no túnel dos tempos. Estamos na base da parede ou no topo do Mundo? Será que a vida morre, ou que renasce? Os intérpretes caem e erguem-se sempre com a mesma clareza, a mesma inocência, a mesma insistência. Querem sobreviver. A qualquer custo. São um rebanho. Uma multidão. Quase uma família. Inventam algo verdadeiramente novo nas brechas deixadas por um mundo em ruínas.
A companhia Baro d’evel é dirigida por Camille Decourtye e Blaï Mateu Trias. O que motiva e desafia estes criadores é o acto de se colocarem constantemente em risco, e de buscarem uma arte total. Procuram cruzamentos e encontros, ao mesmo tempo que almejam a excelência em cada disciplina. Trata-se de um trabalho árduo e quotidiano, que reúne humanos e animais – no caso desta criação, oito performers, um cavalo e vários pombos – em torno do movimento, da acrobacia, da voz, da música e da matéria. Falaise é um regalo para os sentidos, com piscadelas de olho ao cinema de Béla Tarr, Andrei Tarkovski, Wim Wenders – e também a Samuel Beckett e ao teatro do absurdo.


EN In the darkness of the caves, sound was like a compass for mankind. Screams were needed to lead the way. Songs were needed to brighten the darkness. Here too, humans and animals scream, search, grope. They move forward as best as they can in the tunnel of times. Is it the foot of the wall or the top of the world? Does life die here or is it reborn? The Baro d’evel company is directed by Camille Decourtye and Blaï Mateu Trias. Their driving challenges are to put themselves in danger artistically, to seek a total form of art.


LISBOA

Centro Cultural de Belém . Grande Auditório

SEX 15

SÁB 16

21h00

19h00


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