Sonho
Texto de August Strindberg | Encenação de António Pires
Ar de Filmes / Teatro do Bairro (Lisboa)
Tradução
Cristina Reis
Luis Miguel Cintra
Melanie Mederlind
Interpretação
Alexandra Sargento
Carolina Campanela
Carolina Serrão
Cassiano Carneiro
Catarina Vicente
Francisco Vistas
Hugo Mestre Amaro
Jaime Baeta
João Barbosa
João Sá Nogueira
Luís Lima Barreto
Mário Sousa
Voz
Cláudio da Silva
Cenografia
João Mendes Ribeiro
Figurinos
Luís Mesquita
Música
Miguel Sá Pessoa
Luz
João Botelho
Iluminação
Rui Seabra
Desenho de som
Paulo Abelho
—
Língua
Português
Duração
1h30m
Classificação
M/12
Em 1902 August Strindberg, conhecido até então sobretudo pelas suas obras ditas “naturalistas” – isto é, baseadas na psicologia das personagens, na simplicidade da construção dramatúrgica e na unidade de lugar – publica Sonho. Muitos dos seus contemporâneos, confrontados com um estilo dramático inédito, sentem-se, de acordo com a ensaísta Elena Balzamo, “desconcertados pelo cariz caótico e irracional do texto”. Outros vêm na peça um modelo a seguir, numa altura em que o naturalismo parecia dominar o pensamento e as artes: Sonho, como instauração de uma nova forma artística, prefigurava o expressionismo, em vez de continuar o realismo, no qual os autores franceses do século XIX tinham sido mestres.
Inês, filha do deus Indra, desce à Terra para testemunhar os lamentos dos seres humanos. Encontra-se com variadíssimas personagens, muitas das quais arquétipos da nossa sociedade. Depois de passar por algumas formas de sofrimento humano – como a pobreza, a crueldade, ou mesmo a rotina da vida familiar -, a filha dos deuses percebe finalmente que a Humanidade é digna de dó. O seu retorno ao Céu é como o despertar de um sonho. Para Luis Miguel Cintra, um dos tradutores desta versão, qualquer montagem desta obra “precisa de recriar uma poesia cuja única coerência parece ser a da incoerência de um sonhador em cima de um palco, que por sua vez é colectivo por natureza, por excelência, por definição. Alguém sonhou este sonho, mas este sonho sobe aos palcos. Como se põe muita gente a dar carne outra vez ao sonho de outro?”.
EN A Dream Play is a fantasy play written in 1902 by August Strindberg. It remains one of Strindberg’s most admired and influential dramas, seen as an important precursor to both dramatic expressionism and surrealism. Agnes, daughter of gods, descends to Earth to bear witness to problems of human beings. After experiencing all sorts of human suffering (like poverty, cruelty, or the routine of family life), she realizes that human beings are to be pitied. Finally, she returns to Heaven, and this moment corresponds to the awakening from a dream-like sequence of events.
ALMADA
Escola D. António da Costa . Palco Grande
QUI 14 |
22h00 |