37º Festival Almada

UMA SOLIDÃO DEMASIADO RUIDOSA

A partir do romance de Bohumil Hrabal | De António Simão

ARTISTAS UNIDOS (Lisboa, Portugal)

CENOGRAFIA E FIGURINOS
Rita Lopes Alves
DESENHO DE LUZ
Pedro Domingos
INTERPRETAÇÃO
António Simão

 

DURAÇÃO
1h
CLASSIFICAÇÃO
M/12

 

folha de sala

Estreado em 1997, este espectáculo é agora retomado pelos Artistas Unidos. Trata-se de um monólogo pujante que nos transporta para o ambiente amarelecido e cru da Checoslováquia de Kafka, afinal símbolo universal do absurdo existencial que povoa as nossas vidas. Uma história simples: um homem, um funcionário que vive algures numa casa escura e velha cheia de livros, cuja tarefa é prensar papel velho numa cave – todos os dias, toneladas de livros. Um homem solitário, que vive de memórias do passado, de frases livrescas e de canecas de cerveja. Como um vagabundo que lesse todos os livros que passam por essa cave,
o homem torna-se culto por inadvertência.

Bohumil Hrabal (1914-1997), nome maior da literatura checa do século XX, deixou uma obra marcada pela irreverência e pelo sentido do grotesco. Viveu a ocupação nazi e o estalinismo do pós-guerra, tendo exercido vários e distintos ofícios, entre os quais os de ferroviário, contra-regra, telegrafista, empregado de notário, marçano, angariador de seguros, caixeiro-viajante, operário siderúrgico, figurante de teatro, e também o de prensador de papel, no qual se inspiraria para escrever Uma solidão demasiado ruidosa, publicado em 1976. António Simão encena esta «lição de História (desde a II Guerra até ao Maio de 1968), mergulhando nas pulsões do intemporal inconsciente do Mundo. Aquilo de que sofreu Hanta, a personagem desta história, chega nestes nossos dias ao pico do seu horrendo desenvolvimento – a industrialização, a tecnologia, o consumo e a desumanização.»


António Simão, from the cast of Artistas Unidos, reprises a show that he originally premiered in 1997: Too Loud a Solitude, after the novel by the Czech writer Bohumil Hrabal (1914-1997) published in 1976. On this monologue we are taken to the absurd Czechoslovakia of Franz Kafka: a man lives in a basement and his only activity consists in pressing old paper and drinking beer. He lives from the memories of the past, but after reading so many books Hanta (which is the name of this character) actually becomes a cultivated person.


ALMADA

Incrível Almadense . Salão de Festas

SEX 10

SÁB 11

DOM 12

18h00 e 22h00

18h00 e 22h00

15h00 e 19h00


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