40º Festival AlmadaEspectáculos portugueses

Suécia

Texto de Pedro Mexia | Encenação de Nuno Cardoso

Teatro Nacional São João (Porto)

Interpretação
António Fonseca
Joana Carvalho
Jorge Mota
Lisa Reis
Patrícia Queirós
Paulo Freixinho
Pedro Frias
Cenografia
F. Ribeiro
Música
Pedro “Peixe” Cardoso
Apoio ao movimento
Roldy Harrys
Desenho de luz
Cárin Geada
Figurinos
Nélson Vieira
Assistência de encenação
Mafalda Lencastre
Apoio dramatúrgico
Madalena Alfaia

Língua
Português
Duração
1h30m
Classificação
M/12

Setembro de 1976. Depois de meio século ininterrupto de governação, o Partido Social Democrata Sueco, embora vencedor das eleições, consegue menos deputados do que o bloco do centro-direita (liberais, conservadores e agrários), que fica assim na iminência de chegar ao poder. Egerman, um intelectual sexagenário e amargo, não esconde o seu contentamento com o fim do consulado social-democrata, que vê como uma versão suave dos despóticos paraísos do marxismo-leninismo, ao qual aderira na juventude. Partidário do fim das ilusões, porque já não tem nenhuma, pretensamente viúvo (na verdade, divorciado), afastado da universidade onde dava aulas, Egerman decidiu “retirar-se do mundo” e vive numa bela e melancólica ilha do Arquipélago de Estocolmo. As eleições coincidem com o casamento de Monika, filha de Egerman, que decorre na ilha.
“Na Suécia dizem que não é preciso distanciamento social, porque isso já é ser sueco”. É público e notório o fascínio do escritor Pedro Mexia por este país escandinavo. Suécia – obra que marca a sua estreia como dramaturgo – joga com a suspeita de que todos temos ‘uma certa ideia’ da Suécia. Uma mitologia controversa, digamos: o país ‘metafísico-angustiado’ dos filmes de Bergman, o paraíso (perdido?) da social-democracia, mas também a pátria do infernal Strindberg ou dos açucarados ABBA. Suécia é um lugar onde se discute sobre a ideia de futuro, o fim das ilusões, as boas intenções. Um lugar onde as linhas de demarcação do político e do íntimo se tornam indistintas.


EN “In Sweden, they say they don’t need social distancing, because being Swedish is all about that”, recently said the writer Pedro Mexia, who has long been fascinated by that Scandinavian country. A diffuse mythology, so to speak: the “metaphysical-anguished” country of Bergman’s filmography, the (lost?) paradise of social democracy, but also the homeland of fiendish Strindberg or sugary ABBA. The play takes us to the aftermath of the September 1976 elections, which marked the end of half a century of Swedish Social Democratic Party rule. Suécia is a place where the idea of future, the end of illusions and good intentions are all under debate.


ALMADA

Teatro Municipal Joaquim Benite . Sala Principal

QUA 05

QUI 06

21h30

19h00


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