Jogging
Texto, concepção e interpretação de Hanane Hajj Ali
Encenação de Éric Deniaud
Hanane Hajj Ali (Líbano)
Co-produção: Arab Funds for Arts and Culture
Dramaturgia
Abdullah Alkafri
Luz
Sarmad Louis
Rayyan Nihawi
Som
Wael Kodeih
Figurinos
Kalabasha
Louloua Abdel-Baki
—
Língua
Árabe libanês e francês, com legendas
Duração
1h30
Classificação
M/12
Todas as manhãs, bem cedo, uma mulher libanesa faz jogging pelas ruas de Beirute. Esta é a premissa de Jogging, peça-monólogo da libanesa Hanane Hajj Ali estreada em 2016, em Beirute, e que reincide no Festival de Almada, depois de ter sido escolhida pelo público em Julho de 2023 para regressar este ano. Para esta mulher, o jogging matinal é terapia, sonho, devaneio, liberdade. E sobrevivência. Enquanto corre pelas ruas da sua cidade, tem oportunidade para reflectir sobre a condição feminina na sociedade em que se insere e sobre a corrupção intestina que compromete a viabilidade do país que é o seu, numa contínua troca (tal a contínua inspiração/expiração durante a corrida) entre o seu mundo interior e o mundo exterior. No decurso da corrida, Hanane, além de si própria, encarna a Medeia clássica (cujo sofrimento produz identificação, e catarse, tal como no teatro grego) e duas concidadãs suas, que são emanações modernas dessa personagem trágica: Yvonne e Zahra. Além de uma referência à morte e à nota de suicídio de Virginia Woolf. Tudo servido com uma linguagem directa e lúcida; e com humor, que é arma e é esperança.
Hanane Hajj Ali nasceu em 1958, em Baabda, cidade histórica, hoje contígua a Beirute. Autora, actriz de teatro (estreou-se em 1978) e cinema, e pedagoga, é desde sempre uma activista cultural e artista empenhada em expôr e denunciar os tabus e os mecanismos que bloqueiam os direitos das mulheres nas sociedades árabes e/ou muçulmanas. Recebeu em 2020 o Prémio da Liga das Mulheres Profissionais de Teatro.
EN Jogging is Lebanese author, actress and activist Hanane Hajj Ali’s one-woman play. Premiered in Beirut, in 2016, it depicts, in an organized stream of consciousness-style, the thoughts, reflections and impressions of a Lebanese woman, while she jogs every morning through the streets of Beirut, laying bare, during those minutes of sensed freedom, her innermost feelings: those of a woman in the Arab world, a woman embedded in a patriarchal society, and a citizen of a country she perceives is a failed nation. So that all Arab women keep running.
ALMADA
Incrível Almadense . Salão de Festas
SEX 05 | SÁB 06 | DOM 07 |
21:30 | 18:00 | 15:00 e 21:30 |