FRANITO

Eis uma revisitação brilhante do flamenco que é também uma homenagem à arte andaluz de casar com salero, guitarras e palmas a música, a voz e a dança. Três homens (um actor, um bailador e um músico) demonstram em palco, com muito poucas palavras, a que ponto o teatro pode sê-lo inteiramente sem um texto para ser dito. Espectáculo burlesco, assente no mimodrama e no sapateado e cante à moda de Espanha, Franito é também terno e tocante, conseguindo a proeza de ser belo e cómico sem cair na caricatura. Em cena, Franito e a sua mãe compõem um retrato mordaz da sociedade matriarcal de matriz cultural latina.

Patrice Thibaut (Bordéus, 1964) é desde os anos de 1990 um nome maior da cena teatral francesa, com presença assídua também no cinema e na televisão. V ersátil, trabalhou diferentes géneros teatrais, da pantomima à ópera. Depois de Cocorico (2008) e de Jungles (2011), que criou para o Théâtre National de Chaillot (Paris), tornou-se artista associado da Comète – Scène nationale de Châlons-en-Champagne, tendo criado Bobine de singes e Fair Play (ambos em 2 012). Fran Espinosa (n. Córdoba, 1981) começou a dançar aos quatro anos, tendo sido aluno dos mais importantes bailadores de flamenco contemporâneos. O seu enorme talento foi já distinguido inúmeras vezes com os mais prestigiados prémios de flamenco. Em 2004 criou a Flamenqueria, título de um espectáculo e da sua própria companhia.

This burlesque show based on mime drama is a brilliant revisiting of flamenco and also a tribute to the Andalusian art of marrying salero, guitars and clapping with music, voice and dance. Three men (an actor, a flamenco dancer and a musician) show that theatre can happen entirely without uttering text. Franito and his mother deliver a caustic portrait of a Latin matriarchal society.

ALMADA

Escola D. António da Costa . Palco Grande