37º Festival Almada

CASTRO

De António Ferreira | Encenação de Nuno Cardoso

TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO (Porto, Portugal)

DRAMATURGIA E ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO
Ricardo Braun
CENOGRAFIA
F. Ribeiro
FIGURINOS
Luís Buchinho
DESENHO DE LUZ
José Álvaro Correia
SONOPLASTIA
João Oliveira
VÍDEO
Fernando Costa
VOZ
Carlos Meireles
MOVIMENTO
Elisabete Magalhães
INTERPRETAÇÃO
Afonso Santos
Joana Carvalho
João Melo
Margarida Carvalho
Maria Leite
Mário Santos
Pedro Frias
Rodrigo Santos

 

DURAÇÃO
2h
CLASSIFICAÇÃO
M/12

 

folha de sala

Escrita na segunda metade do séc. XVI pelo poeta António Ferreira (1528-1569), Castro inaugura definitivamente a tragédia clássica em Portugal. Mas Castro não é memorável apenas por ser a primeira: é também a mais terrífica das tragédias, morada de algumas das mais belas palavras alguma vez escritas em português. No panteão dos monumentos literários quinhentistas, Castro rivaliza em importância e esplendor do verso com Os Lusíadas de Luís de Camões. «Castro é o cúmulo de amor pelas palavras. Não é uma simples tragédia. É uma tragédia complicada. Se é que outra existe.» (Miguel Esteves Cardoso)

O encenador Nuno Cardoso, actual director artístico do Teatro Nacional São João, arrisca nesta criação inexcedivelmente iconoclasta um comentário ácido aos nossos dias trágicos, também eles muito complicados, talvez nem tanto assim diferentes dos de Pedro e Inês quando se amaram tão brutamente. «A Castro de Nuno Cardoso acentua, com requintes de doidice shakespeariana, os motivos de impotência do rei, a sua prosaica cobardia moral, o seu “lavar de mãos” (Regina Guimarães).

A jornalista Inês Nadais resumiu o espectáculo na seguinte frase: «No condomínio fechado em que Inês se dá à tristesse pós-coital no quarto, Pedro afoga as mágoas em leite com Chocapic na cozinha, e Afonso IV vive os anos da próstata na casa de banho.» (Pedro e Inês para os dias do Tinder, Público, Ípsilon, 06/03/20)


Castro is unanimously considered the most beautiful tragedy of Portuguese dramaturgy. Written on the second half of the XVI century by Portuguese poet António Ferreira (1528-1569), the play describes one of the most tragic and violent episodes of Portuguese medieval history. Once the Portuguese kingdom is menaced by the Spanish, King Afonso IV sends his men to kill the Galician Inês de Castro, who is the mistress of his son, Prince Pedro, and has two children by him. This episode gave origin to several literary echoes, from Camões to Montherlant.


ALMADA

Teatro Municipal Joaquim Benite . Sala Principal

QUI 09

SEX 10

SÁB 11

DOM 12

21h00

21h00

21h00

16h00


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