37º Festival Almada

A CRIADA ZERLINA

A partir de Hermann Broch | Encenação de João Botelho

CULTURPROJECT (Lisboa, Portugal)
Co-produção: Centro Cultural de Belém

VERSÃO
António S. Ribeiro
(com a colaboração de José Ribeiro da Fonte, a partir da tradução de Suzana Muñoz)
CENOGRAFIA
Pedro Cabrita Reis
DESENHO DE LUZ
Nuno Meira
SONOPLASTIA
Sérgio Milhano
INTERPRETAÇÃO
Luísa Cruz
PRODUCÃO EXECUTIVA
Nuno Pratas

 

DURAÇÃO
1h30
CLASSIFICAÇÃO
M/12

 

folha de sala

Zerlina é uma das mais famosas criadas de sempre. A sua história, de aparência simples, é formada por uma sobreposição de camadas que a tornam não apenas complexa como plural. A personagem, que surge num dos contos de Os inocentes (de 1950, que não por acaso os franceses traduziram por Os irresponsáveis), nasceu às mãos do escritor austríaco modernista Hermann Broch (1886-1951), um autor para quem a definição de arte tinha de assentar numa filiação relativamente à quintessência da humanidade, e jamais no belo pelo belo.

Num exercício retrospectivo, Zerlina expõe uma história de paixão atravessada pelo ressentimento sexual e classista, por um erotismo primitivo e por uma obsessão ética. Zerlina integra a vasta galeria daqueles em quem a brutalidade jamais cedeu à civilização, e que por essa razão transportam, sem consciência disso, as bandeiras mais tenebrosas, e desde logo a do nazismo, que Broch, judeu perseguido, dissecou nas suas razões ocultas.

Jeanne Moreau interpretou Zerlina em 1986 no Théâtre des Bouffes-du-Nord, numa famosa encenação de Klaus Michael Grüber. Em Portugal, a Zerlina mais famosa é a de Eunice Muñoz (dirigida por João Perry em 1988). Agora é a vez de Luísa Cruz, num desempenho que lhe valeu um Globo de Ouro em 2019, sendo dirigida pelo cineasta João Botelho, naquela que constituiu a sua estreia como encenador teatral.


This new production of Hermann Broch’s well-known text combines the talent of one of Portugal’s best known actresses with the direction of one of the most prolific Portuguese film directors: João Botelho. For her performance in this show, Luísa Cruz won a Golden Globe. Time Out magazine referred to her interpretation in The Maid Zerlina as follows: “Only an interpreter with her character makes credible and exciting and captivating a text that doesn’t care about romanticism”. Stage design was created by famous Portuguese artist Pedro Cabrita Reis.


ALMADA

Fórum Municipal Romeu Correia . Auditório Fernando Lopes-Graça

QUA 22

QUI 23

SEX 24

SÁB 25

DOM 26

21h30

21h30

21h30

18h00

15h00


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