36º Festival Almada

DE QUOI SOMMES-NOUS FAITS?!
Do que é que somos feitos?!

Proposta coreográfica para quatro intérpretes de Andréya Ouamba
Encenação de Catherine Boskowitz

COMPAGNIE 1ER TEMPS (Dakar, Senegal) e COMPAGNIE ABC (Paris, França)
Co-produção: Théâtre de la V ille, Atelier de Paris Carolyn Carlson, Pôle-Sud CDCN Strasbourg e Cité internationale des arts

CONCEITO E COREOGRAFIA
Andréya Ouamba
DIRECÇÃO DE ACTORES
Catherine Boskowitz
TEXTOS
Kouam Tawa
CENOGRAFIA E VÍDEO
Jean Christophe Lanquetin
(com Arnaud Granjean)
DESENHO DE LUZ
Cyril Givort
MÚSICA ORIGINAL
Press Mayindou
INTERPRETAÇÃO
Andréya Ouamba
Clarisse Sagna
Kouam Tawa
Press Mayindou

 

LÍNGUA
Francês (legendado em Português)
DURAÇÃO
1h20
CLASSIFICAÇÃO
M/12

Numa Brazzaville em pleno conflito armado, o coreógrafo recorda o dia em que, ainda muito novinho, e com risco da própria vida, enfrentou no seu caminho militares prontos a disparar até mesmo sobre uma criança. Um caminho que representava um atalho, pois o medo que tinha do pai e de que este se desse conta da sua ausência de casa era ainda maior. Andréya Ouamba (n. 1975) é bailarino e coreógrafo. O seu trabalho tem-se construído a partir do que encontra em seu redor. O artista congolês vê nesse episódio bastante mais do que uma historieta para contar aos netos. Em África, o respeito devido aos mais velhos permanece um valor superior a qualquer outro. Dessa reflexão nasceu uma dúvida: será que não há uma ligação entre a autoridade paternal alimentada pela educação no seio familiar e a reprodução de regimes políticos autoritários e paternalistas? Não sem audácia, Ouamba afirma uma desafiante emancipação filosófica. Fá-lo ao lado do escritor camaronês Kouam Tawa (n. 1974), um homem que se dedica à escrita literária, ao teatro e à pedagogia em oficinas de escrita, e da encenadora francesa Catherine Boskowitz (n. 1959), uma mulher que tem desenvolvido um trabalho sobre o lugar e o papel da arte nas sociedades contemporâneas. Em 1985 criou a Companhia ABC.

Do que é que somos feitos? De ideias feitas apresentadas como heranças que é necessário questionar.


In Africa, the respect due to the elderly remains a value higher than any other. From this reflection a doubt has arisen: can there be a link between parental authority nourished by familial education and the reproduction of authoritarian and paternalistic political regimes? Not without audacity, the Congolese choreographer states a challenging philosophical emancipation through dance.


ALMADA

Escola D. António da Costa . Palco Grande

TER 16

22h00


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